quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ô ... ta rolando na mídia












Márcio e Fábio apostam em repeteco dos Jogos para sonhar com pódio na Noruega

Após receber convite da organização para disputar torneio, dupla lembra que chegou a Pequim desacreditada e saiu com uma medalha de prata
Vice-campeões olímpicos em 2008, Márcio e Fábio Luiz não tiveram um início de temporada animador no Circuito Mundial. Após um bronze na etapa de abertura, em Brasília, a dupla amargou resultados decepcionantes e por muito pouco não ficou fora do Campeonato Mundial de Stavanger, que começa nesta sexta-feira. Medalhistas de ouro da competição em 2005, eles só conseguiram entrar na edição deste ano graças a um convite a organização.
O primeiro revés aconteceu logo na segunda etapa, na China, quando a parceria terminou no nono lugar. Acostumada a iniciar os torneios na chave principal, teve que começar do country-cota (competição preliminar entre duplas de um mesmo país) em Roma. Veio a surpresa: um derrota indigesta para Jan e Thiago acabou com as chances dos atletas na Itália.

Márcio e Fábio aprenderam a lição e conseguiram se classificar para o qualifying da etapa seguinte, em Myslowice, na Polônia. Depois de conseguir uma vaga no torneio principal, a dupla ainda precisava de um bom resultado para garantir sua vaga em Stavanger. Mas conseguiu apenas o 13º lugar, e não ficou entre as quatro melhores do país.
A ameaça de perder o torneio mais importante do ano deixou até o experiente Márcio, de 35 anos, tenso.
- Ficamos apreensivos, não vou mentir. Conversamos com o Ary (Graça, presidente da Confederação Brasileira de Vôlei) e eles da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) viram que era importante ter os medalhistas de prata olímpicos na competição - explicou, em entrevista por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.
No entanto, o histórico da dupla é o que assegura o clima confiante antes da estreia. Assim como o companheiro, Fábio Luiz torce por uma repetição dos Jogos de Pequim, quando a dupla chegou à competição desacreditada e acabou ficando com a prata.
- Passamos por muitos momentos difíceis no ano passado e fomos vice-campeões olímpicos. Estamos calejados. Fizemos um trabalho neste ano visando o Campeonato Mundial. Está tudo dentro do esperado - garantiu.
Nem o bom desempenho das novas parcerias que surgiram nesta temporada, como Harley/Alison e Pedro Solberg/Pedro Cunha, assusta a parceria, que espera embalar após o título da etapa de Vitória do Circuito Brasileiro, conquistado no último dia 14.
- Algumas duplas novas estão indo muito bem, mas é normal começar com um pouco mais de gás. Nas competições maiores, como esta agora, os atletas experientes levam vantagem - apostou Fábio Luiz.


Retrospecto contra favoritos é vantagem para a dupla, diz Fábio
Antes de voltar aos treinos, o capixaba fez questão de lembrar outro ponto a favor da dupla. Ao contrário de outros concorrentes, eles não encaram os americanos Phil Dalhausser e Todd Rogers, atuais campeões olímpicos e últimos vencedores do Campeonato Mundial, como "bichos-papões".
- Só em Brasília (na estreia do Circuito Mundial) ganhamos duas vezes. Apesar da nossa derrota em Pequim, temos oito vitórias contra apenas três deles. Não tenho preocupação nenhuma. Se alguém tem que se preocupar, são eles - encerrou.


Entenda o funcionamento do Campeonato Mundial


O Campeonato Mundial de Vôlei de Praia acontece a cada dois anos dentro do calendário do Circuito Mundial. A competição oferece pontuação e premiação superiores às outras etapas da competição e confere aos vencedores o título de campeões mundiais. De acordo com o regulamento da competição, as 48 parcerias em cada naipe são divididas em 12 grupos com quatro componentes cada. As equipes enfrentam os rivais das próprias chaves e, ao fim da fase de grupos, os líderes e vice-líderes de cada chave, além dos oito melhores terceiros colocados, avançam à fase de eliminatória simples, onde 32 duplas entram na reta final das disputas.

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